A vacinação avança no mundo todo e no Hemisfério Norte surgem novas teorias sobre as próximas tendências de moda: vamos nos vestir de maneira mais vistosa, em celebração à liberdade de ir e vir sem máscaras, ou seguiremos low profile dando continuidade ao conforto do autoconhecimento e auto acolhimento? A resposta está no limiar e constrói o que o historiador Deidre Clemente chamou de guarda-roupa individualizado, que surge impulsionado pela liberdade de poder vestir o que cada um bem entender.
Grandes varejistas internacionais como a Net-a-Porter já estão de olho nessa dicotomia (que deve permanecer como a base dos desejos dos consumidores pós-pandêmicos), exibindo vestidos bodycon e shortinhos loungewear lado a lado em suas vitrines virtuais. “Estamos nos vestindo para melhorar nosso humor e para otimizá-lo. Estamos navegando em rios de crescimento pós-traumático e documentando a ascensão do guarda-roupa individualizado”, declara Mara Brannigan ao portal Fashionista. O poder de escolha que constrói a liberdade está sendo cada vez mais valorizado em todos os âmbitos – social, empresarial, pessoal – e, é claro, impacta também o vestuário. Com cada vez mais opções disponíveis, construir um estilo pessoal único baseado em atributos individuais está muito mais fácil (e permitido).
E apesar da ascensão do comércio eletrônico, a sensação única de sair de uma loja carregado de sacolas ainda é valorizada e se torna o combustível para o movimento chamado de Revenge Shopping, o consumo da vingança. É assim que muitas pessoas vão se vingar do Coronavírus: saindo às ruas para comprar seus itens preferidos – e aqui incluem-se as roupas.
Para aproveitar a onda que deve aquecer o mercado assim que vírus finalmente for controlado, é importante estar ligado nestes três movimentos do design: a alta do conforto, a recontextualização do dress code do escritório e o desejo de um look mais arrumado. O equilíbrio entre estas três tendências, respeitando a liberdade de estilo do consumidor, tem grande potencial para sucesso de vendas.