A ERA PÓS-STREETWEAR

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No fim de 2019, o multitasking Virgil Abloh (Louis Vuitton Men / Off-White) declarou em entrevista à revista Dazed que a “morte” do streetwear é uma de suas principais apostas para a próxima década. É claro que o segmento, tão importante para a cultura jovem e urbana, não vai deixar de existir; mas a busca por mais sustentabilidade, dos processos de produção ao volume de consumo, vai impactar toda a moda global. Confirmando a sua ideia, Abloh apresentou no último desfile masculino da Louis Vuitton muitos ternos, na intenção de reinventar os códigos do vestuário para manter a expansão da moda masculina.

O que se viu neste desfile (Heaven on Earth) foi a renovação da elegância, protagonizado pela alfaiataria com o perfume da moda de rua. Conjuntos completos com estamparia digital, camisas sociais em patchwork (que evoca o reaproveitamento de descartes), blazers com recortes – os arremates populares do streetwear quebram a sobriedade do traje masculino, que fica ainda mais confortável e atual quando construídos em malha.

O movimento de fusão entre a alfaiataria e o streetwear já faz parte do street style e agrada especialmente aos que buscam um visual original – peças clássicas ganham novos significados com styling atualizado que descobre novos usos para a mesma peça. Com os principais estilistas internacionais voltando-se para o que está sendo chamando de Nova Masculinidade (Gucci e Balmain também estão nesta sintonia), o streetwear mantém sua relevância no menswear e busca se fortalecer em outros mercados: além de renovar a alfaiataria e absorver seus códigos para os consumidores masculinos, também vai ampliar sua presença na moda feminina e na moda teen ao longo das temporadas 20/21.

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